"No ranking da OMS, o Brasil aparece em
segunda colocação entre os países com mais cesarianas. O Ministério da Saúde passou a ver com preocupação esse índice. Há um misto de comodismo e questões de mercado por parte dos médicos, que acabam evitando o parto normal ("O acompanhamento de um parto normal é complicado, principalmente nas
grandes cidades, onde a vida do médico é corrida e ele tem vários
empregos. Uma cesariana leva uma ou duas horas. Um parto normal pode
demorar mais de seis horas, e a remuneração feita pelos planos de saúde
é muito próxima. Isso passou a ser uma comodidade”, admite Desiré
Callegari). Com os agendamentos, a tendência é de se encurtar a gravidez que resulta em um índice de nascimentos prematuros também alto. O Brasil não teve êxito na redução da mortalidade neonatal, que
está diretamente ligada à proporção de nascimentos prematuros e de
cesarianas antecipadas. O Responsável pelo setor de medicina fetal do Instituto ligado à Fiocruz e dedicado à saúde da mulher e da criança,
vê na antecipação dos partos um risco para a saúde dos
bebês. Nascer antes do tempo traz riscos principalmente para o sistema respiratório. Incapazes de respirar sozinhos, os recém-nascidos são afastados de suas mães e mantidos em UTIs neonatais. As cesáreas desnecessárias representam a principal causa da morte de recém-nascidos. A
estimativa é de que um milhão de prematuros morram anualmente de
complicações."
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